“Sempre que venho ao IPCA vejo coisas novas e uma dinâmica incrível”, disse Manuel Heitor, que falava na sessão de acolhimento dos cerca de 600 novos estudantes dos cursos de Mestrado.
O membro do Governo realçou o papel que o IPCA tem vindo a desempenhar no desenvolvimento da região do Cávado e do Ave, designadamente através da criação de uma “rede de excelência particularmente diversificada e articulada com as empresas”, que vem promovendo “competências inéditas”.
“O IPCA é uma instituição moderna, virada para o futuro e que facilita aquilo que é o ensino superior, criando redes de oportunidades com as empresas, a Europa e o mundo”, acrescentou Manuel Heitor.
O ministro destacou o “leque diversificado” das áreas de investigação existentes no IPCA e a aposta em “competências bastante fortes e únicas nos domínios da Contabilidade e Fiscalidade, do Design Industrial, das interfaces com o utilizador e dos sistemas avançados de informação, incluindo as novas ferramentas associadas ao processamento de dados e à Inteligência Artificial”. “Este circuito articulado de investigação desenvolvida em colaboração com a Administração Pública e os mais variados utilizadores, desde o sistema de saúde até às empresas do calçado ou do têxtil, assim como às empresas industriais da construção e do setor agroalimentar cria, naturalmente, uma rede de novas oportunidades”, acrescentou.
Para Manuel Heitor, o IPCA possui “capacidades e competências particularmente importantes de sistemas avançados de informação que são, hoje em dia, oportunidades para a industrialização, a saúde e o bem-estar de todos”.
“A esta capacidade de criar ferramentas digitais, acrescem necessidades que são, também, grandes oportunidades e que dizem respeito à transição ecológica”, adiantou ainda o ministro, pelo que salientou o papel da investigação do IPCA na área do Design, tendo em vista o desenvolvimento de “novos produtos e novos sistemas que respeitem a redução das emissões de carbono em 50 por cento até 2030”, bem como no domínio da contabilidade e da fiscalização da atividade das empresas e do setor público, referindo que “na Europa e no Mundo, estamos num período de transição para aquilo que são os chamados sistemas de contabilidade verde, com novos sistemas de taxonomia para a avaliação sistemática das contas das empresas, que até aqui eram avaliadas apenas em termos de ativos financeiros e económicos, mas que agora vão começar a ser avaliadas também em termos de ativos sociais e de sustentabilidade ambiental e energética”, sublinhou.
Isto implica, segundo Manuel Heitor, “desenvolver os chamados mercados de carbono, críticos para as empresas registarem nos seus ativos financeiros os ativos ecológicos, que requerem sistemas de informação particularmente sofisticados que permitam o acesso e a monitorização dos chamados níveis de emissão de CO2”.
Daí que o ministro tenha manifestado especial satisfação com as áreas dos Mestrados e projetos de investigação que o IPCA está a desenvolver, em interação com entidades públicas e com as empresas.
No novo ano letivo, o IPCA abre três novos cursos de Mestrado nas áreas do Marketing Turístico, Engenharia e Gestão Industrial e, ainda, Inteligência Artificial Aplicada.
Na sessão de boas-vindas aos novos estudantes, a presidente do IPCA, Maria José Fernandes, destacou o “a enorme capacidade de acolhimento” e o “ensino de qualidade” que caracterizam a instituição. “O IPCA oferece a todos os alunos um ensino de qualidade, procurando assim preparar estas gerações de jovens adultos para que estes possam ter um impacto positivo e um enorme contributo para a nossa sociedade”, salientou.
Maria José Fernandes revelou, ainda, que o IPCA aguarda, neste momento, a aprovação de oito novos Mestrados para o próximo ano letivo, permitindo aumentar substancialmente a atual oferta neste nível de ensino, cifrada em 19 cursos nas áreas da Gestão, Tecnologia, Design e Turismo.
Por seu turno, o pró-presidente do IPCA para a Investigação e Inovação, João Vilaça, sublinhou a estreita cooperação existente entre o IPCA e outras instituições de ensino superior, bem como com os municípios e empresas da região. João Vilaça apresentou o ecossistema de investigação e desenvolvimento existente no IPCA e, entre os vários projetos de investigação em curso, realçou o objetivo comum de “procurar soluções para o futuro do planeta”.
Uma meta que agradou ao ministro Manuel Heitor e que motivou uma mensagem dirigida aos estudantes presentes na sessão: “estarem no IPCA é não só estarem a construir o vosso futuro, mas também a consciência social de que o vosso futuro é também o futuro dos outros”.